segunda-feira, 10 de novembro de 2008
Talentos
FUNCIONÁRIOS E ORGANIZAÇÕES
Na sala de reunião de uma empresa, o diretor nervoso fala com sua equipe.
Agita as mãos, mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: 'ninguém é insubstituível'.
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os funcionários se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
Alguma pergunta?
- Tenho sim. E o Beethoven?
- Como? - o diretor encara o funcionário confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível. Quem substitui o Beethoven?
Silêncio.
Ouvi essa história esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E portanto são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus pontos fracos.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente/coordenador, ainda está focado em "melhorar as fraquezas" de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande.
E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Recebi este texto por e-mail (desconheço o autor) e vejo que muitas vezes isto acontece em nossas escolas, talentos desperdiçados por preconceito, por vaidade,(eu sei) por orgulho( eu posso) de certos gestores e educadores que não aceitam falhas de seus educandos.
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Um comentário:
Isso é a mais pura verdade. Muitos líderes olham só para os pontos fracos de seus funcionários e não olham apar os pontos fortes. Eu acho que um verdadeiro líder sabe utilizar muito bem as qualidades do seu funcionário fazendo com que os defeitos sequer sejam notados. Para a equipe produzir, é preciso usar as qualidades e não os defeitos, os defeitos não interessam, apenas as qualidades. Funcionário tem que para de ser tratado como um simples objeto.
Beijão!
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